DIA
INTERNACIONAL DA MULHER – 08 DE MARÇO
Nesta data em que é comemorado o DIA INTERNACIONAL da MULHER – 08 DE
MARÇO – trazemos o conjunto dos 12
DIREITOS FUNDAMENTAIS DA MULHER assim reconhecido pela ONU - ORGANIZAÇÃO das NAÇÕES UNIDAS,
a saber:
1:
DIREITO À VIDA.
2: DIREITO à LIBERDADE e a SEGURANÇA PESSOAL.
3:
DIREITO à IGUALDADE e a ESTAR LIVRE de TODAS as FORMAS de DISCIMINAÇÃO.
4:
DIREITO à LIBERDADE de PENSAMENTO.
5:
DIREITO à INFORMAÇÃO e a EDUCAÇÃO.
6:
DIREITO à PRIVACIDADE.
7:
DIREITO à SAÚDE e à PROTEÇÃO DESTA.
8:
DIREITO a CONSTRUIR RELACIONAMENTO CONJUGAL e a PLANEJAR sua FAMÍLIA.
9:
DIREITO à DECIDIR TER OU NÃO TER FILHOS e QUANDO TÊ-LOS.
10:
DIREITO aos BENEFÍCIOS do PROGRESSO CIENTÍFICO.
11:
DIREITO à LIBERDADE de REUNIÃO e PARTICIPAÇÃO POLÍTICA.
12:
DIREITO a NÃO SER SUBMETIDA a TORTURAS e MALTRATOS.
VIVA à MULHER!
VIVA 08 de MARÇO, seu DIA INTERNACIONAL!
Para
refletir:
“A casa e a fazenda são
a herança dos pais; mas do Senhor vem a mulher prudente”.
(Bíblia Sagrada – Provérbios: 19 - 14).
HOMENAGEM:
Em reverencia a
mulher, nesta data, trazemos um breve relato histórico sobre a vida de OLGA BENÁRIO PRESTES, como um exemplo
de lutas para todas as mulheres de hoje.
OLGA BENÁRIO PRESTES nasceu em Munique (Alemanha) no dia 12
de fevereiro de 1908. Aos quinze anos de idade, sensibilizada pelos graves
problemas sociais presentes na Alemanha dos anos de 1920, OLGA viria a aproximar-se da Juventude Comunista, organização
política em que passaria a militar ativamente.
No final de 1934, OLGA recebe a tarefa da Internacional Comunista de acompanhar Luiz
Carlos prestes em sua viagem de volta ao Brasil, zelando pela sua segurança,
uma vez que o Governo Vargas decretara sua prisão. Prestes e OLGA partiram de Moscou no final do ano
de 1934, viajando com passaportes falsos, como marido e mulher, apesar de
estarem se conhecendo naqueles dias, durante a longa e acidentada viagem rumo
ao Brasil, os dois se apaixonam, tornando-se efetivamente marido e mulher.
Em março de 1935, Prestes é aclamado,
no Rio de Janeiro, Presidente de Honra da Aliança Nacional Libertadora (ANL), uma frente única, cujo programa
visava lutar contra o imperialismo, o latifúndio e a ameaça fascista, que
pairava sobre o mundo e também sobre o Brasil. Prestes e OLGA chegam ao chegam ao Brasil em abril desse ano, passando a
viver clandestinamente na cidade do Rio de Janeiro. Prestes, o “Cavaleiro da Esperança” torna-se a
principal liderança do movimento antifascista no Brasil e, assessorado o tempo
todo por OLGA, Prestes participa da
preparação da insurreição armada contra o governo Vargas, a qual deveria
estabelecer no país um governo Popular Nacional Revolucionário, representativo
das forças sociais e políticas agrupadas na ANL.
Com o insucesso dos levantes de
novembro de 1935, desencadeia-se violenta repressão policial sob comando do
famigerado capitão Filinto Muller – então chefe de polícia do Governo Vargas e
a ordem expedida aos agentes policiais - era clara – a liquidação física de Prestes.
No momento da prisão, entretanto, OLGA salvou-lhe a vida, interpondo-se
entre ele e os policiais, impedindo o assassinato do Líder Revolucionário.
Presos, Luiz Carlos Prestes e OLGA foram
violentamente separados; ele foi conduzido para o quartel da Polícia Especial e
OLGA foi levada para a Casa de
Detenção, onde ficou detida juntamente com às demais companheiras que haviam
participado do movimento da ANL. Prestes
e OLGA nunca mais se viram.
EXTRADIÇÃO
Em setembro de 1936, OLGA, grávida de sete meses, foi
extraditada para a Alemanha Nazista, pelo Governo de Getúlio Vargas. Juntamente
com OLGA foi deportada a ativista ELISE EWERT, outra comunista e
internacionalista alemão que havia participado da luta antifascista no Brasil;
foram embarcadas à força, na calada da noite, no navio cargueiro alemão “LA
CORUÑA” e viajaram ilegalmente sem acusação formal ou culpa formada; sem
julgamento; sem nenhum direito de defesa (pois
neste ponto é oportuno lembrar que é assim que funciona uma ditadura).
O comandante do navio recebeu ordens
expressas do consulado alemão no Brasil para dirigir-se direto a Hamburgo, sem
parar em nenhum outro porto estrangeiro, pois havia precedentes da ação de
portuários franceses e espanhóis resgatarem prisioneiros deportados com destino
à Alemanha, quando os navios aportavam na Espanha ou na França. Após longa e
pesada travessia, as prisioneiras foram conduzidas incomunicáveis para a prisão
de mulheres de BARNIMSTRASSE, em Berlim, onde OLGA deu à luz sua filha ANITA
LEOCADIA, em novembro de 1936, entregue à avó paterna LEOCADIA PRESTES, após pressão internacional exercida sobre a polícia
política da Alemanha (Gestapo), exercida por delegações estrangeiras.
ASSASSINADA
NUMA CÂMARA DE GÁS
A Campanha Internacional, que se
estendeu por vários continentes, não conseguiu, contudo, a libertação de OLGA. Logo depois ela foi transferida
para a prisão de LICHTENBURG, distante cem quilômetros ao sul de Berlim. Um ano
mais tarde, OLGA foi transferida, confinada
no campo de concentração de RAVENSBRUCK, onde juntamente com milhares de outras
prisioneiras foi submetida a trabalhos forçados para a indústria de guerra da
Alemanha Nazista. A situação de OLGA
será particularmente penosa, pois carregava consigo duas pechas consideradas
fatais para os nazistas – a de ser
comunista e a de ser judia. Em abril de 1942, OLGA foi transferida, numa leva de prisioneiras marcadas para
morrer, para o campo de concentração de BERNBURG, onde foi assassinada numa
câmara de gás.
O
EXEMPLO:
OLGA, segundo o depoimento de todos que a
conheceram e conviveram com ela, nunca vacilou diante das grandes provações que
teve que enfrentar. Até o último dia de sua existência manteve-se firme diante
do inimigo, e solidária com as companheiras. Ao despedir-se do marido e da
filha, antes de ser levada para a morte OLGA
escreveu:
“LUTEI
PELO JUSTO, PELO BOM E PELO MELHOR DO MUNDO”.
“ATÉ
O ÚLTIMO MOMENTO MANTERME-EI FIRME E COM VONTADE DE VIVER”.
A vida e a luta de uma revolucionária
como OLGA, comunista e
internacionalista, não foi em vão; seu heroísmo serve de exemplo e de
inspiração para os jovens de hoje e, serve de exemplo para todas as mulheres,
especialmente para aquelas mulheres que anseiam pela construção de uma
sociedade que seja justa, humana, fraterna e solidária, para todos os
brasileiros.
Texto Extraído,
em parte, da Publicação BRASIL DE
FATO – Uma visão popular sobre o Brasil e o Mundo - do artigo publicado
originalmente na edição sob nº 414,
de autoria da Profa. ANITA LEOCADIA
PRESTES (FILHA de OLGA e PRESTES).
Professora do Programa de Pós Graduação em História Comparada da UFRJ e Presidente do Instituto Luiz Carlos Prestes.
Atenção: Leia neste BLOG a postagem sob título:
“DIA
INTERNACIONAL DA MULHER”
Contém a história da luta da
mulher pela dignidade no trabalho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário