JOSÉ do PATROCÍNIO - ABOLICIONISTA BRASILEIRO:

Em HOMENAGEM deste JURÍDICO LABORAL neste
20.11.2018 à COMUNIDADE AFRO DESCENDENTE. Em reconhecimento da dívida eterna
por mais de 300 anos de Escravidão do Negro no Brasil e pela luta que continua no
dia-a-dia contra o preconceito, a discriminação e a desvalorização da população
Afro Descendente no mercado de trabalho e nos extratos sociais.
JOSÉ DO
PATROCÍNIO (1853-1905) foi um abolicionista, jornalista e escritor
brasileiro. Participou ativamente dos movimentos para libertação dos escravos.
JOSÉ DO
PATROCÍNIO (1853-1905) nasceu em Campos, Rio de Janeiro, no dia 9 de outubro de
1853. Filho do Cônego JOÃO CARLOS
MONTEIRO, vigário de Campos e da escrava JUSTINA MARIA, aprendeu as primeiras letras e recebeu certa
proteção.
Com permissão do pai foi para a capital, onde
começou a trabalhar na Santa Casa de Misericórdia. Em 1868, com a ajuda do professor JOÃO PEDRO DE AQUINO, entrou
para Faculdade de Medicina, como aluno do curso de farmácia. Forma-se em 1874 e
para sobreviver passou a lecionar.
Em 1875, lançou um quinzenário satírico, “Os
Ferrões”, que logo foi extinto. Em julho de 1876, escreveu um poema, com doze
estrofes, dirigido à princesa Isabel, que foi publicado no periódico “O
Mequetrefe”. No ano seguinte, pelas mãos de FERREIRA DE ARAÚJO, entrou para a Gazeta de Notícias.
Em 1879 casa-se com sua aluna MARIA HENRIQUETA. Com a ajuda do sogro, comprou a “Gazeta da
Tarde”. Em 1880, ocupou a tribuna do Teatro São Luiz, para atacar a
escravidão. Estava pronto para se dedicar à causa dos escravos. Continuava
preso sentimentalmente à senzala, de onde viera. Na Província do Rio de
Janeiro, havia um escravo para cada dois habitantes livres.
Em 1883, reunido com representantes dos clubes e
associações abolicionistas atuantes no Rio de Janeiro e também em Niterói,
propõe a criação da Confederação Abolicionista. Da redação do jornal, a
Confederação coordenou a luta que se desenrolava em todo território nacional.
Nessa época, viajou pelos estados do
Nordeste e 1984 ele estava no Ceará sempre em prol da causa abolicionista.
No dia 18 de agosto de 1885 morreu sua mãe, nascida na costa ocidental da
África, sem que tivesse chegado o dia da liberdade para os escravos.
Em janeiro de 1886, JOSÉ DO PATROCÍNIO, UBALDINO AMARAL e QUINTINO BOCAIÚVA eram os
candidatos da Confederação à Câmara Municipal. Nesse período escreveu três
romances, "Mota Coqueiro", "Os Retirantes" e "Pedro
Espanhol".
Foi eleito para a Câmara com grande votação. Em
1887 deixo a Gazeta da Tarde e fundou o jornal "A Cidade do
Rio". A campanha popular pela abolição atingia o ápice. Multiplicavam-se
os comícios, os discursos e as manifestações de rua.
No dia 3 de maio, das janelas do senado, JOSÉ DO PATROCÍNIO e RUI BARBOSA
discursam diante de uma multidão que se reunia nas ruas próximas. No dia 8, o MINISTRO RODRIGO SILVA apresentou ao
Parlamento o projeto final da abolição, redigido por FERREIRA VIANA.
No dia 13 de
MAIO de 1888, a PRINCESA ISABEL, exercendo a Regência em razão da viagem de
D. PEDRO II à Europa, assina a lei Áurea.
CHEGA ao FIM, com VITÓRIA, a LUTA de DEZ ANOS
de CAMPANHA ABOLICIONISTA.
PATROCÍNIO
manteve-se ligado à Princesa, recusando a adesão aos republicanos. Os amigos da
Confederação Abolicionista afastaram-se dele. O jornal “A Cidade do Rio” aos
poucos perdia sua importância. Na manhã de 15 de novembro, a insurreição
chefiada por Deodoro da Fonseca era vitoriosa. PATROCÍNIO, antigo orador, vê o povo voltar-se contra ele. Ele
cede, discursa apoiando a República. No dia 6 de abril divulga um manifesto, em
seu jornal, dirigido ao presidente, escrito por generais e almirantes. Floriano
decreta estado de sítio e manda prender JOSÉ
DO PATROCÍNIO, OLAVO BILAC, entre
outros. PATROCÍNIO é confinado
em CUCUÍ, às margens do Rio Negro.
Um ano depois, é solto e volta ao Rio de
Janeiro onde mantém seu jornal como um órgão de oposição ao governo
Floriano. No dia 6 de setembro de 1893, a Marinha rebela-se contra o Presidente
Floriano, era a Revolta da Armada. PATROCÍNIO
publica um manifesto dos almirantes revoltosos. Floriano manda fechar o jornal,
é o fim de sua carreira de jornalista. Em 1895 o jornal reabre, mas em
1902 deixa definitivamente de circular. Sem recursos mudou-se para uma casa
modesta em Inhaúma.
Em 1903, foi chamado para discursar numa recepção
oferecida a ALBERTO SANTOS DUMONT,
que chegara da França. Continuava escrevendo para alguns jornais, de onde
tirava a sobrevivência. Em 1905, escreveu “Ave
Rússia”, saudando a luta dos democratas contra o czarismo. Ao escrever um
artigo para um jornal, passou mal e faleceu.
JOSÉ
CARLOS DO PATROCÍNIO faleceu
no Rio de Janeiro, no dia 18 de agosto de 1905.
JOSÉ DO
PATROCÍNIO dedicou sua vida à causa abolicionista.
Fonte: Biografia elaborada por DILVA FRAZÃO.
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