EM COMEMORAÇÃO ao DIA DA
CONSCIÊNCIA NEGRA, neste 20 de NOVEMBRO de 2016, este JURÍDICO LABORAL faz
JUSTA HOMENAGEM aos brasileiros AFRO-DESCENDENTES na pessoa do Primeiro ADVOGADO
NEGRO no BRASIL e que se dedicou à causa da extinção da escravatura, à defesa
jurídica dos escravos e, ainda durante o IMPÉRIO, já lutava por DIREITOS
HUMANOS. Trata-se do Dr. LUIS GONZAGA PINTO da GAMA, que recebeu
da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), 133 anos após a sua morte, o título de
ADVOGADO.
LUÍS GONZAGA PINTO DA GAMA, nasceu
em Salvador, no dia 21 de
junho de 1830 e faleceu em São Paulo, no dia 24 de
agosto de 1882, foi um rábula, orador, jornalista e escritor brasileiro.
Nascido
de mãe negra livre e pai branco, contudo, foi feito escravo aos 10, e
permaneceu analfabeto até os 17 anos de idade. Conquistou judicialmente a
própria liberdade e passou a atuar na advocacia em prol dos cativos, sendo já
aos 29 anos autor consagrado e considerado "o
maior abolicionista do Brasil".
Teve
uma vida tão ímpar que é difícil encontrar, entre seus biógrafos, algum que não
se torne passional ao retratá-lo — sendo ele próprio também carregado de
paixão, emotivo e ainda cativante. A despeito disto o historiador BORIS
FAUSTO declarou que era
dono de uma "biografia de novela".
Foi
um dos raros intelectuais negros no Brasil escravocrata do século XIX, o único
autodidata e o único a ter passado pela experiência do cativeiro; pautou sua
vida na defesa da liberdade e da república, ativo opositor da monarquia, veio a
morrer antes de ver seus sonhos concretizados.
Patrono
da CADEIRA Nº 15 da ACADEMIA PAULISTA de
LETRAS, poeta, advogado, jornalista e um dos mais combativos abolicionistas
de nossa história.
LUÍS GONZAGA PINTO DA GAMA era filho da africana livre LUIZA MAHIN, uma das principais figuras
da Revolta dos Malês, com um fidalgo
branco de origem portuguesa, de uma rica família baiana, mas amante da boa vida
e dos jogos de azar. Entretanto, LUIS não
o reconhece como seu pai.
Depois
que sua mãe foi exilada por motivos políticos, LUÍS, com apenas 10 anos, foi vendido como escravo pelo próprio pai
para pagar uma dívida de jogo, sendo levado para o Rio de Janeiro e depois para
São Paulo. Foi comprado pelo alferes ANTONIO
PEREIRA CARDOSO, proprietário de uma fazenda no município de Lorena. Em
1847, o alferes recebeu a visita do jovem estudante ANTONIO RODRIGUES DO PRADO JÚNIOR, que, afeiçoando-se a LUÍS,
ensinou-o a ler e a escrever.
Em
1848, LUÍS GAMA fugiu, pois sabia
que sua situação era ilegal, já que era filho de mãe livre. Após seis anos de
uma tumultuada carreira no exército, deu baixa no serviço militar em 1854. Dois
anos depois voltou à Força Pública.
LUÍS GAMA inaugurou a imprensa humorística
paulistana ao fundar, em 1864, o jornal "DIABO
COXO". Poeta satírico, ocultou-se, por vezes, sob o pseudônimo de AFRO, GETULINO e BARRABÁS. Sua
principal obra foi "PRIMEIRAS
TROVAS BURLESCAS DE GETULINO", DE 1859, onde se encontra a sátira "QUEM SOU EU?", também
conhecida como BODARRADA.
Autodidata,
LUÍS GAMA tornou-se advogado e iniciou suas atividades contra a
escravidão, conseguindo libertar
mais de 500 escravos. É dele a frase: "Perante o Direito, é justificável o
crime do escravo perpetrado na pessoa do Senhor". Conhecido como o "amigo de todos", tinha em
casa uma caixa com moedas que dava aos negros em dificuldades que vinham
procurá-lo.
Influenciou
grandes figuras como RAUL POMPÉIA, ALBERTO TORRES
e AMÉRICO DE CAMPOS. LUÍS GONZAGA PINTO DA GAMA morreu em 24 de agosto de 1882, lamentavelmente,
sem ver concretizada a Abolição, pois
o fim da escravatura legal no Brasil terminou com o advento da “LEI ÁUREA em
1.888.
Numa reescrita
tardia da história, sua designação como rábula mudou. Em 3 de Novembro de 2015,
LUIS GAMA recebeu da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), 133 anos após a sua
morte, o título de advogado.
[ Fontes:
WIKIPÉDIA e UOL Educação. - Acessar: INSTITUTO LUIS GAMA ]
Nenhum comentário:
Postar um comentário