CONFLITOS DO TRABALHO.
QUAIS SÃO E COMO EVITAR AS SITUAÇÕES MAIS FREQUENTES
* RICARDO BARBOSA. JORNAL TRABALHISTA. CONSULEX, 10 de Novembro de 2014.
31.1554/15.
Os conflitos devem ser objetos de análises
antes de qualquer ação. O grande erro dos profissionais na hora que enfrentam
conflitos e problemas no trabalho são ações impulsivas. Geralmente, quando isso
ocorre, o resultado é o aumento do conflito ou outras complicações. Assim, só
tome ações imediatas em casos de urgência, nos demais, o mais interessante é
sempre refletir antes para depois definir o que será feito.
Vejam alguns dos
principais conflitos e as medidas que devem ser tomadas:
PERSEGUIÇÃO no AMBIENTE
de TRABALHO:
Esse fato é bastante comum, e ele é, na maioria
das vezes, fruto da falta de diálogo. Assim, alguém que se sente perseguido no
ambiente de trabalho deve primeiramente fazer uma reflexão: Será que essa
perseguição não é reflexo de alguma postura imprópria, tomada? Será que não possui também parcela de
culpa nessa situação? Hoje, os casos
de perseguição são realmente muito freqüentes, mas também ocorrem situações de
vitimação. Posteriormente a esta reflexão, recomenda-se diálogo, se possível
com um mediador, buscando alinhar as ações e eliminar dificuldades que possam
ocorrer no futuro.
COMPETITIVIDADE
EXAGERADA:
A competitividade é cada vez mais vigente no
mercado de trabalho e, em certo ponto, é saudável, pois potencializa o
crescimento das pessoas, contudo, quando é exacerbada, se inicia um grande
problema, podendo até mesmo prejudicar os resultados da Empresa. Qual o ponto
exato de uma boa competitividade? Essa
deve ser a que se estabelece até o ponto em que um não prejudique o trabalho do
outro, criando dificuldades ou mesmo sabotando as ações. Nos casos em que isso
ocorre, é necessário que se busque primeiro o diálogo franco, mostrando que
todos se prejudicam, posteriormente, tentar registrar os fatos ocorridos, seja
por email
ou por
outro tipo de documentação e, por fim, buscar os superiores explicando essas
dificuldades.
ASSÉDIO MORAL:
Assédio Moral é uma situação muito complexa e
mais comum do que se imagina. Nesse caso, o posicionamento das pessoas perante
esta situação também é de grande complexidade, principalmente pelo motivo de
que isso ocorre, na grande maioria dos casos, de cima para baixo. E, mesmo
quanto existe também alguém acima de quem está assediado, uma acusação sem
provas pode ser alvo de mau entendimento. Assim, o primeiro passo é se
resguardar, criando provas de que essa situação realmente ocorre. Posteriormente,
o ideal é ter uma conversa franca com a pessoa que pratica essa ação, mas em um
momento em que ela esteja mais calma. Geralmente, são assediadas pessoas que
possuem uma postura de maior timidez, assim, uma mudança de postura pode
auxiliar. Se, mesmo assim, não alterar a situação, recomenda-se procurar um
superior, comprovando o ocorrido e, em último caso, buscar mudar de emprego e
entrar até mesmo com uma ação contra o assediador.
AMBIENTE de TRABALHO
INADEQUADO:
Isso pode ocorrer por diversos motivos, como
muita bagunça; estresse e cobrança demasiada, dente outros motivos. Nesse caso,
também se recomenda cautela, pois o reclamante pode passar por chato e ser
tratado de forma diferenciada do grupo. Tente percebe r que tanto estresse como
brincadeiras são fatos naturais no setor de trabalho, mas que o problema ocorre
quando se tem excessos que prejudicam a produtividade. Nesses casos, nada de
gritar ou bater de frente. Aguarde a situação passar para conversar com as
pessoas que estavam à frente da bagunça ou do nervosismo, explicando as
dificuldades que ocorreram, mas de uma maneira simpática.
ASSÉDIO SEXUAL:
Nesse caso, a situação é muito mais séria.
Pequenas brincadeiras de cunho sexual já não são recomendadas dentro das
empresas, assim, busque sempre fugir desse tipo de situação, com uma postura
profissional e, caso a situação persista, a recomendação é buscar comprovações
e, dependendo do caso, até mesmo medidas legais devem ser tomadas. Omitir-se ou
apenas pedir demissão faz com que essa pessoa que está cometendo um crime se
sinta impune e possa fazer isso novamente em ações futuras. Muitas vezes o medo
impera nessa situação, mas é necessário buscar combater essa realidade que
infelizmente ainda ocorre em muitas Empresas.
* O AUTOR
é Diretor Executivo da Innova Training & Consulting. Consultor de Gestão há 15 anos.
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